1. As ideias feitas têm a cabeça dura. Resistem para além do expectável, parecendo imunes à prova dos factos. Por exemplo, no bloco dos “países frugais” florescem estereótipos sobre os povos e os países do sul que, apesar de errados, provocam danos ao sul e à Europa, em geral, minando a sua coesão. De acordo com esses estereótipos, os países do sul têm economias débeis sustentadas pelo turismo e estados gastadores que acumulam dívidas. Em resumo, trabalham pouco e vivem acima das suas possibilidades.
2. Contrariar estas ideias feitas é trabalho condenado a ter pouco eco mas que não pode ser dispensado. Gostei por isso de ler, no Social Europe, este artigo de Philipp Heimberger e Nikolaus Krowall sobre a economia italiana: “Seven ‘surprising’ facts about the Italian economy”. Sabia que Itália é a segunda potência industrial da Europa, logo atrás da Alemanha? Que tem uma balança comercial externa excedentária? Que a sua dívida pública privada é das mais baixas da OCDE? Ou que o estado italiano gera excedentes orçamentais primários desde 1992? Leitura recomendada.

Fonte: Eurostat.
Republicou isto em Farrusco.
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